Dead Rising Deluxe Remaster análise | Capcom recupera pérola de 2006
- por Pedro Gomes
- 7 de dezembro, 2024
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É verdade, já lá vão uns longos 18 anos desde que a aventura original de Frank West saiu como um exclusivo da Xbox 360. O primeiro Dead Rising saiu na consola da Microsoft a 8 de agosto de 2006. Foi, desde logo, um dos jogos de referência dessa geração, merecendo 4 sequelas até que o quarto jogo da franquia, Dead Rising 4, colocou o ponto final do mesmo em 2016… até agora!
8 anos depois da última aventura de Frank West, a Capcom decidiu apresentar Dead Rising Deluxe Remaster, algo que poderá representar um novo folego de uma franquia que ao longo da sua vida foi perdendo fãs devido a jogos menos bem conseguidos. Desta vez utilizando o RE Engine como motor, este remaster traz consigo uma revolução gráfica em comparação ao original, mas será que trará também uma nova vida a este zombie survival em estilo sandbox ou é apenas algo que devemos ignorar como um dos raros projetos falhados da Capcom?
Frank West dá os seus primeiros passos
Tal como no original de 2006, neste jogo voltamos a vestir a pele de Frank West, um jornalista freelancer que segue o “furo” da vida dele até à cidade de Willamette, local este que se encontra confinado pelo exército sem que nenhuma informação passe cá para fora. Seguindo os seus instintos, embarcamos numa viagem de helicóptero onde Frank se apercebe do que realmente levou a este bloqueio: um apocalipse de zombies, que devastou este local e poucos são os sobreviventes que restam.
Com uma aterragem forçada no centro comercial e uma janela de apenas 72 horas até que a nossa viagem de regresso se concretize, o nosso objetivo principal é documentar o que se está a passar através da nossa fiel câmara fotográfica e descobrir o que levou a esta avalanche de zombies que se apoderou da pacata cidade. Conhecendo personagens que se aliam a nós e também outras que se opõem a que Frank chegue ao fundo deste mistério, embarcamos numa aventura sangrenta rumo à verdade.
Visite o Willamette Parkview Mall
Passear num centro comercial nunca foi tão relaxante… só é pena as milhares de ameaças deambulantes que, apenas, querem dar uma dentada ao nosso protagonista. Com todas as lojas abertas e ao nosso dispor, porque não aproveitar para pegar numa motosserra ou num taco de baseball para abrir caminho? Várias combinações de roupas e acessórios para experimentar, pontos de interesse para tirar uma bela fotografia e comida espalhada por todo o lado que não só nos ajudará a manter-nos satisfeitos, mas também nos fará recuperar vida ao longo do jogo. Isto para não mencionar os veículos que facilitarão a nossa mobilidade e a sua capacidade de abrir caminho por meio das hordas que é também uma atividade de elevado interesse, não percam!
Aproveitando esta época de saldos letais, Frank encontrará também outros sobreviventes em situações precárias e que estão espalhados pelo mapa inteiro. Temos que agradecer aos olhos atentos de Otis, trabalhador fiel do Willamette Parkview Mall, que nos mantém a par do que vai ocorrendo ao longo do centro comercial.
Além dos perigosos zombies que fizeram deste shopping um verdadeiro banquete de luxo para eles mesmos, teremos, também, pela nossa frente personagens que deixaram os instintos primais tomar conta e perderam o seu juízo. Fanáticos religiosos, caçadores que decidiram alterar o seu alvo principal para humanos, e gerentes que querem manter o seu negócio em estado impecável a todos os custos são apenas alguns dos obstáculos que podemos encontrar na nossa aventura.
Algo que não podemos encontrar em nenhuma das variadas lojas são as habilidades que Frank vai adquirindo ao subir de nível através de atividades mundanas como aniquilar zombies ou psicopatas e também salvar outros sobreviventes. Não podemos esquecer a ajuda fornecida pelos livros que encontramos ao longo da nossa aventura que têm como objetivo acelerar o nosso progresso, além de outros métodos que vamos descobrindo.
O que se ganha ao subir o nível da nossa personagem é o seguinte: aumentos aos nossos stats como o HP máximo, expandir a capacidade do nosso inventário (para podermos fazer ainda mais compras) e uma imensidão de ataques que nos ajudarão a abrir caminho em direção aos nossos objetivos.
Sobre Dead Rising Deluxe Remaster
Data de lançamento: 19 de Setembro de 2024
Plataformas: PC, PS5 e Xbox Series
Género: Ação / Aventura
Plataforma de teste: PS5
Editora: Capcom
Preço: 49,99€
Finalmente, remaster de um clássico
Numa era em que temos remasters de jogos até relativamente recentes, a Capcom decidiu pegar num jogo que já mostrava bem a sua idade e dar-lhe uma lufada de ar fresco que é bem merecido. Comparando com o jogo original, temos aqui texturas de muito maior qualidade, cutscenes com animações melhoradas e outros efeitos visuais que, na sua generalidade, entregam um nível visual muito elevado e superior ao original. Apesar disto, as restantes animações a nível de gameplay não receberam a mesma atenção e foram, na sua maior parte, transportadas do jogo original, mas isto é um remaster e esse tipo de alterações já seria considerado um remake.
Além de modernizar de forma fabulosa os visuais, Dead Rising Remaster Deluxe traz também alterações a nível da jogabilidade. Uma das maiores alterações é em relação à inteligência dos NPCs que por vezes nos acompanham, melhorando em larga escala algo que é um ponto de frustração no clássico de 2006. Ainda assim, em certos alguns deles perdem-se ao longo do caminho sem que reparemos e isso significa, por vezes, um logo caminho de volta para ir buscar um sobrevivente ou parceiro que pensávamos estar ao nosso lado.
Visuais e performance
A minha experiência com Dead Rising Deluxe Remaster foi no modelo base da Playstation 5, que não incluía a habitual escolha de modos gráficos. Assim sendo, a escolha por definição do jogo alcança os 4K/60 FPS, produzindo uma jogabilidade suave e sem grandes problemas em termos visuais, não tendo também problema em termos de performance para lidar com o número elevado de objetos e zombies/sobreviventes que encontramos na nossa aventura.
Graças às 72 horas que vão passando dentro do jogo, podemos apreciar os efeitos de luz, e também de ausência da mesma, de forma natural, produzindo cenários cativantes e diversos conforme a hora do dia, realçando o enorme passo em frente a nível visual que este remaster é, e demonstrando que o estúdio prestou atenção ao detalhe em termos de fiabilidade gráfica. Veredicto
Veredicto
Dead Rising Deluxe Remaster é, certamente, a melhor forma de jogar este clássico da Capcom, trazendo de volta Frank West, Willamette Parkview Mall e o resto do elenco com visuais modernos e, talvez, com vista a reanimar a franquia. As animações reutilizadas do original e alguma inconsistência nos NPCs subtraem da experiência. Ainda assim, recomendo vivamente esta versão para veteranos e estreantes de Dead Rising.
Pedro Gomes
Um verdadeiro amante de videojogos desde muito cedo e sendo o seu hobby preferido sempre, o Pedro tenta agora, como um adulto irresponsável, arranjar tempo para uma jogatana quando os seus dois demónios peludos favoritos o permitem.
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