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Bad Boys: Tudo ou Nada review | Acção e nostalgia

Bad Boys Ride or Die

Há sagas do cinema que têm mostrado um folgo impressionante ao longo dos anos, quando originalmente ninguém pensava que iam durar tanto. Bad Boys, com uma dupla icónica protagonizada por Will Smith e Martin Lawrence, é uma dessas sagas. Em 1995, quando estreou o primeiro filme, ninguém era capaz de prever que em 2024 ainda estaríamos a assistir, vibrar e rir-nos com as aventuras de Mike Lowrey e Marcus Burnett, uma dupla explosiva da polícia de Miami, mas aqui estamos.

Bad Boys: Ride or Die, ou Bad Boys: Tudo ou Nada na versão em português, é o filme mais recente saga e a acompanha a dupla numa trama que tem os mesmos ingredientes que os antecessores, mas com uma história diferente. Para provar a inocência de Captain Howard, Mike e Marcus acabam perseguidos pelos seus colegas da polícia como foras da lei. Ride or Die faz uma ponte com o filme de 2020 (Bad Boys para Sempre), em que Mike descobre um filho perdido e serve de ponto chave para a história do novo filme.

Tal como os filmes anteriores, Bad Boys: Ride or Die vive sobretudo da incrível sinergia que Will Smith e Martin Lawrence conseguem passar para fora do ecrã em qualquer ocasião. As piadas, maneirismos e a acção exagerada são fiéis ao ADN que Bad Boys estabeleceu. No entanto, Ride or Die é o filme menos sério da inteira saga, roçando o sobrenatural em momentos particulares em que Captain Howard vem do além para falar com seus Bad Boys. Achei exagerado e que não combina com a identidade do filme.


Título original: Bad Boys: Ride or Die

Título português: Bad Boys: Tudo ou nada

Género: Acção / Aventura

Realizador: Adil El Arbi / Bilall Fallah

Estreia: 6 de Junho


Como filme de acção, sempre acompanhado de momentos comic-relief nos momentos mais tensos, Bad Boys: Ride or Die não desilude e entrega aos fãs precisamente aquilo que procuram. a sensação de familiaridade da fórmula, enquanto assistimos a uma nova história com os protagonistas e vemos como as suas vidas evoluíram desde Bad Boys para Sempre. Como alguém que tem acompanhado a saga desde início, não pude deixar de sorrir a ver algumas coisas.

Apesar da onda feel good e nostálgica que o filme provoca, tenho que apontar que o argumento podia ser melhor. Há coisas que acontecem que não têm lógica aparente, e nem estou a falar da forma como Mike e Marcus conseguem sobreviver a coisas que seriam mortíferas para quaisquer outros. Fora isso, Eric Dane, que no filme interpreta McGrath, um polícia que está a trabalhar com o Cartel, não teve tempo suficiente para crescer como vilão. Não se entende bem os seus motivos, nem porque faz certas coisas. A personagem acaba por funcionar como um dispositivo de enredo para justificar esta nova história, mas há várias coisas mal pensadas.

Eu sei que este não é o tipo de filme ideal para usar o cérebro, é precisamente o contrário... para desligar o cérebro e relaxar enquanto se saboreia umas deliciosas pipocas. Nisso, cumpre o propósito na perfeição. Além de Will Smith e Martin Lawrence, que francamente "roubam o espectáculo", os actores secundários fazem um trabalho sólido. Gostei particularmente de Alexander Ludwig como Dorn e Vanessa Hudgens como Kelly, dois polícias que ajudam Mike e Marcus e que vão crescendo ao longo do filme.

Esta medalha serve para jogos, filmes ou produtos que, apesar de algumas falhas, elevam-se acima da média e oferecem uma experiência agradável.

Veredicto

Bad Boys: Ride or Die entrega aos fãs uma dose de nostalgia acompanhada por uma nova história recheada de acção e momentos hilariantes, seguindo a clássica fórmula dos filmes anteriores. Há pontas soltas e várias coisas que não fazem sentido, mas ultimamente, não é o tipo de filme em que isso é o mais importante.

Autor

Jorge Loureiro
Fundador da GeekinOut

O Jorge acompanha ferverosamente a indústria dos videojogos há mais de 14 anos. Odeia que lhe perguntem qual é o seu jogo favorito, porque tem vários e não consegue escolher. Quando não está a jogar ou a escrever sobre videojogos, está provavelmente no ginásio a treinar o seu corpo para ficar mais forte do que o Son Goku.