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Exophobia review | tributo português aos FPS retro

Exophobia review
© Zarc Attack

Exophobia é um novo jogo desenvolvido em Portugal da autoria de José Castanheira (aka Zarc Attack) e distribuído pela PM Studios. Tem versões para PC, PS5, PS4, Nintendo Switch, Xbox Series e Xbox One e está inserido no género dos FPS retro. É por isso um jogo ideal para retro gamers, que experimentaram DOOM, Quake e outros jogos semelhantes na sua era dourada. Receio que, talvez, os jogadores mais novos não vão entender a piada de um jogo destes.

Como um verdadeiro jogo de tiros retro, Exophobia não tem uma mira (crosshair) no meio de ecrã. O jogador controla apenas a direcção dos tiros no plano horizontal, não dá para apontar nem para cima, nem para baixo. Para acertar nos 20 inimigos que populam os níveis, é preciso alinhar a pistola na sua direcção. Também podemos fazer um deslize que serve para atordoar momentaneamente os inimigos e baixar a sua guarda. É especialmente importante fazer isto para lidar com os inimigos que têm um escudo à frente.


Sobre Exophobia

  • Plataformas: PC, PS5, PS4, Switch, Xbox Series, Xbox One

  • Data de lançamento: 23 de Julho de 2023

  • Produtora / editora: Zarc Attack / PM Studios

  • Género: Acção / FPS

  • Preço: 14,79€


A jogabilidade é ultra rápida e premeia reflexos rápidos. As fases iniciais são mais pacatas para o jogador se adaptar, mas depois vais ter que usar todo o espaço disponível nas áreas para conseguir escapar aos tiros e vários inimigos que podem aparecer ao mesmo tempo. Sente-se o nível de afinação da jogabilidade, pois é extremamente satisfatório e intuitivo jogar Exophobia. A dificuldade da era que tenta imitar também está presente, embora numa dose mais moderada. Morri dezenas de vezes, mas nunca me senti frustrado porque a dificuldade é justa e não há erros do jogo que prejudiquem o teu desempenho. Quanto morres, é porque não foste bom o suficiente.

© Zarc Attack

© Zarc Attack

O jogo decorre numa nave espacial invadida por aliens, dividida em quatro andares unidos por diferentes elevadores. O mapa é um enorme puzzle, em que podes gravar em sítios chave. Para abrir portas, precisas de encontrar chaves estrategicamente espalhadas, que depois te dão acesso a outros elevadores que vão dar a partes diferentes dos outros níveis. Confesso que recorri várias vezes a um guia que acompanhou o do código de review, caso contrário teria ficado perdido algumas vezes. Dentro do jogo não há pistas evidentes para onde deves ir a seguir.

Existe um mapa que podes consultar e inclui a informação das áreas que ainda não visitaste. O mapa, infelizmente, está associado a uma bateria que é recarregada nas estações onde gravas o jogo. Quando ficas sem bateria, deixas de poder consultar o mapa. É uma decisão que não entendo bem o propósito, porque podes gravar quantas vezes quiseres e recarregar a bateria, no entanto, se estiveres longe da estação e quiseres voltar, podes perder algum tempo a tentar perceber o caminho de volta (não é nada que não se resolva, mas é aborrecido). O mapa de Exophobia é labiríntico e há secções que são muito parecidas umas com as outras.

Diferente de DOOM e Quake, em Exophobia tens apenas uma arma do princípio ao fim. Descobres, contudo, vários upgrades que têm utilidade variada: servem para combater, mas também para destruir obstáculos previamente indestrutíveis. Não é errado dizer, portanto, que Exophobia tem o seu quê de metroidvania devido a esta característica. Podes também desbloquear upgrades permanentes para a saúde, definida pela quantidade esferas no canto superior direito. Existem múltiplas recompensas para quem quiser explorar o mapa a 100%, incluindo um Boss Rush Mode, filtros de ecrã, e dois finais distintos (o final secreto depende de encontrares quatro joias nos quatro níveis).

Outras perguntas sobre Exophobia

  • Quanto tempo dura? Depende da tua habilidade, mas pode demorar entre 6 a 7 horas da primeira vez.

  • Quantos bosses existem? Existem 5 bosses no total, mais um boss secreto

Disclaimer: A Geekinout recebeu um código de review da Zarc Attack.

Uma medalha para jogos, filmes ou produtos ostentam qualidades que os elevam a um patamar de excelência, proporcionando uma experiência extraordinária.

Veredicto

Com um estilo gráfico que é uma bonita e autêntica viagem no tempo, Exophobia é um grande tributo à era em que os FPS não eram dominados por Call of Duty. Se o objectivo do produtor era criar um jogo revivalista dando o seu cunho à fórmula, então missão cumprida. É um jogo satisfatório, desafiante e extremamente polido, sem grandes falhas a apontar.

Autor

Jorge Loureiro
Fundador da GeekinOut

O Jorge acompanha ferverosamente a indústria dos videojogos há mais de 14 anos. Odeia que lhe perguntem qual é o seu jogo favorito, porque tem vários e não consegue escolher. Quando não está a jogar ou a escrever sobre videojogos, está provavelmente no ginásio a treinar o seu corpo para ficar mais forte do que o Son Goku.

1 Comentário

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    Silymorn

    Obrigado pela review, Jorge! Acho o jogo muito caro comparado com a competição que existe. Se fosse 5€ nem pensava duas vezes. Infelizmente, acabamos de ter uma promoção da steam com jogos extraordinários a preços de pechincha. Já para não falar que constam muitos jogos muito bem cotados (e normalmente em promoção) na Steam e o tempo de jogo é muito reduzido.

    Obrigado pela partilha!

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      Jorge Loureiro | Fearme

      Boas, obrigado pelo comentário.

      Percebo a questão do preço, mas também não é justo comparar um jogo acabado de lançar com uma promoção no Steam. Claro que da perspectiva do consumidor compensa mais comprar em promoção. Em próprio por 12 euros comprei há pouco tempo vários grandes jogos... mas são jogos que já foram lançados há anos e na altura custavam 59 euros.

      O Exophobia também deverá ter promoções eventualmente.