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Jogar Black Myth Wukong com o cérebro? Implante neural feito na China parece ficção científica

Black Myth Wukong implante neural
Crédito da imagem: Game Science

Parece coisa de Matrix, mas aconteceu mesmo. Um jovem de 19 anos com epilepsia tornou-se a primeira pessoa no mundo a jogar Black Myth: Wukong apenas com o poder da mente – e tudo graças a um implante cerebral desenvolvido por uma equipa de investigadores chineses.

O feito aconteceu no Hospital Huashan, na China, e envolveu a Brain Tiger Technology e o Instituto de Microsistemas de Xangai, com apoio da Tianqiao Brain Science Institute. O paciente foi submetido a uma cirurgia onde recebeu um implante cerebral com 256 canais de leitura, capaz de interpretar sinais neuronais em tempo real.

Menos de 20 horas de treino depois, já estava a controlar o cursor no ecrã com uma precisão de 4.07 bps – um desempenho que rivaliza com o de Noland Arbaugh, o paciente da Neuralink que levou 60 horas para atingir 4.6 bps.

O treino começou com clássicos como Pac-Man e Tank Wars, antes de passar para algo mais ambicioso: Honor of Kings e o aguardado Black Myth: Wukong. E sim, o controlo era total – através de pensamento, o jogador movia o cursor, selecionava comandos e interagia com o jogo em tempo real, sem qualquer controlador físico.

Black myth wukong neural link
Imagem via IT Home

O sistema operativo que torna tudo isto possível chama-se XessOS, e foi desenvolvido pela própria Brain Tiger. Este sistema não só permite jogar como também navegar na internet, controlar dispositivos inteligentes e até operar uma cadeira de rodas – tudo com o poder da mente. Segundo os investigadores, a interface aprende e adapta-se ao cérebro do utilizador ao longo do tempo, tornando-se cada vez mais eficiente.

O mais impressionante? Isto é só o começo. A próxima geração do implante será totalmente sem fios, com ensaios clínicos previstos ainda para este ano.

Um avanço científico que parece saído diretamente de Ghost in the Shell, e que coloca a ficção científica cada vez mais perto da realidade. E se tudo correr como planeado, no futuro talvez não precisemos sequer de comandos para jogar. Basta pensar.

(via IT Home)

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Autor

Jorge Loureiro
Fundador da GeekinOut

O Jorge acompanha ferverosamente a indústria dos videojogos há mais de 14 anos. Odeia que lhe perguntem qual é o seu jogo favorito, porque tem vários e não consegue escolher. Quando não está a jogar ou a escrever sobre videojogos, está provavelmente no ginásio a treinar o seu corpo para ficar mais forte do que o Son Goku.