Sonic X Shadow Generations análise | Carta de amor da Sonic Team aos seus ouriços favoritos
- por Pedro Gomes
- 2 de dezembro, 2024
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Quase 13 anos depois do lançamento do original Sonic Generations, uma celebração por parte da Sonic Team de uma das maiores mascotes da Sega e também do mundo de gaming – o Sonic, eis que recebemos uma “expansão” colossal. Shadow Generations é por si só um jogo completamente novo e que coloca o titular Shadow como protagonista.
Após o sucesso de Sonic Frontiers e o lançamento de Sonic Superstars no ano passado com resultados francamente positivos, este pode ser considerado a próxima entrada na lista de jogos deste universo. Certamente parece que o estúdio empregou bem as lições aprendidas com Frontiers para este jogo, aproveitando os pontos fortes e melhorando os aspetos menos bem conseguidos. Mas será que Shadow Generations merece a nossa atenção?
Shadow volta à ribalta, 19 anos depois
Já desde Shadow The Hedgehog em 2005 que Shadow não recebia um jogo titular, mas a equipa da Sonic Team decidiu celebrar esta personagem muito acarinhada pelos fãs com uma história simples, mas que funciona extremamente bem, explorando o seu aspeto de anti-herói e revisitando locais e momentos icónicos da sua história.
Space Colony ARK e Radical Highway, ambos saídos do jogo de estreia neste franchise de Shadow - Sonic Adventure 2, são alguns dos locais recriados e expandidos para um contexto mais moderno e por onde passamos a ritmo fulgurante, trazendo também de volta alguns bosses que serão familiares para os fãs da franquia.
Sobre Sonic X Shadows Generations
Plataforma testada: PS5
Outras plataformas: PC, Xbox Series, Switch
Data de lançament: 25/10/2024
Géneros: Platformas / Aventura
Estúdio: Sonic team
Editora: Sega
Vilão do passado, ameaça ao presente
Após uma perseguição a alto ritmo, Shadow reencontra Black Doom, que arrasta o nosso protagonista e os seus amigos para um mundo onde o tempo parou e sem saída à vista. Reencontrando partes do seu passado que forjaram quem ele é, o nosso anti-herói terá que usar os seus habituais truques em conjuntos com novos poderes adquiridos ao longo da história que o ajudarão a voltar ao seu mundo.
Aplicando a mesma fórmula de Sonic Generations os locais estão divididos em 2 zonas distintas, sendo que a primeira utiliza a fórmula dos jogos mais atuais da franquia com níveis a 3D, maior foco em velocidade e momentos cinemáticos enquanto que a segunda dá mais protagonismo ao tradicional platforming em estilo 2D, que não dispensa os momentos supersónicos categóricos da série. A velocidade é chave para obter boa nota no final de cada um dos níveis.
A unificar estes níveis temos o White Space, um hub world à semelhança do que pudemos ver em Sonic Generations, só que desta vez o conceito foi expandido em relação a esse jogo. Ao contrário de ser apenas um ambiente 2D com alguns locais de interesse, em Shadow Generations o White Space é uma área aberta de tamanho considerável com semelhanças ao mundo de Sonic Frontiers, apesar de ser em ponto mais pequeno. Este inclui também vários itens colecionáveis e imensas plataformas sendo um mapa que dá azo à exploração, enquanto vamos desbloqueando novas maneiras de nos deslocarmos nele.
Também trazendo de volta algo que estava em Sonic Generations, voltamos a ter acesso aos Challenge Acts, que envolvem passar porções dos níveis com desafios adicionais que variam entre colecionar um determinado número de anéis, ultrapassar secções com obstáculos adicionais ou utilizando Chaos Control para chegar ao objetivo final dentro do tempo limite, além de outros. Apesar de não ser requerido ultrapassar todos estes desafios, é obrigatório completar alguns para progredir na história e estes são, na generalidade, rápidos e divertidos de completar na sua totalidade, com a opção adicional de obter o cobiçado S Rank em cada um deles.
Sonic Generations, o que há de novo?
Já bem consolidado como um sucesso desde que saiu em 2011, o lado da história do Sonic recebeu apenas ligeiras modificações. Algumas das cutscenes do jogo original receberam ligeiras alterações em termos de animação e diálogos e também foram adicionados alguns icónicos Chaos que se encontram escondidos nos diversos níveis do jogo como um novo tipo de colecionável.
De resto, este lado da história continua igual, o que é certamente um contraste de qualidade quando comparado com o lado do Shadow que realmente beneficiou da experiência e lições que o estúdio foi acumulando ao longo dos anos. Ainda assim, é uma experiência que continua a merecer a nossa atenção e nos traz muita diversão supersónica em locais memoráveis como Green Hill e Sky Sanctuary.
Quanto dura Sonic X Shadows Generations?
Tal como o ritmo veloz das personagens do jogo, este acaba também por passar por nós de forma muito rápida. Enquanto que o jogo base do Sonic Generations tinha uma duração estimada de 4-5 horas para quem se focasse na história, Shadow Generations acaba por acrescentar 5-6 horas ao título. Para quem já tenha experienciado a primeira parte da coletânea que saiu em 2011, pagar 49.99€ por apenas 5 a 6 horas de jogo pode ser um bocado puxado tendo em conta que não é possível adquirir a história de Shadow como jogo singular.
Para adicionar algum tempo de jogabilidade, temos ao nosso dispor todos os mapas e Challenge Acts para tentar alcançar os melhores tempos e rank possível, o que é sempre uma boa maneira de prolongar a experiência, além de que ambos os jogos incluem artigos colecionáveis, como faixas de música de jogos anteriores e arte conceitual, além de outros objetos que podes encontrar ao longos dos níveis.
Visuais e performance
As horas passadas com Shadow Generations foram feitas no modelo base da Playstation 5, que incluía os habituais modos de Qualidade, com o objetivo de 30 FPS e maior resolução, e o modo Performance, que alcançava os 60 FPS em troca de uma resolução menor. Tendo em conta o ênfase do jogo em ações e movimentos rápidos, o modo que considero ser mais indicado é o de Performance.
Os níveis estão muito bem detalhados, com cenários lindos e extremamente coloridos, apesar de passarmos por eles literalmente a correr o mais rápido possível. Com momentos cinemáticos envolvidos no meio da ação sem que subtraia da experiência, é certamente um jogo que vale a pena apreciar esteticamente. Um ponto negativo que se manteve do Sonic Frontiers e que é principalmente visível no hub world, é o pop-in de objetos a uma distância que é facilmente perceptível. Apesar de não ser tão mau como em Frontiers, é certamente um ponto a melhorar no futuro.
Em relação a Sonic Generations, não há a opção de mudar a qualidade dos gráficos, sendo que o jogo corre a 60 FPS sem qualquer tipo de problemas o que é normal tendo em conta a idade do jogo original. A qualidade visual está intacta em relação a versões anteriores e, tendo em conta que contém um estilo de gráficos mais intemporal, o jogo acaba por envelhecer bem.
Veredicto
Sonic X Shadow Generations é, sem dúvida, algo que recomendo vivamente a todos os fãs da franquia e, também, a curiosos que queiram espreitar o que o mesmo tem para oferecer, já que muito em breve teremos o terceiro filme live-action de Sonic em que será introduzido o seu rival, Shadow, interpretado por Keanu Reeves. Apesar da sua duração ser relativamente curta e existirem uns ligeiros pontos gráficos que poderiam ser melhores, é certamente uma experiência memorável. É mais um forte ponto na história recente desta saga clássica da Sega.
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Pedro Gomes
Um verdadeiro amante de videojogos desde muito cedo e sendo o seu hobby preferido sempre, o Pedro tenta agora, como um adulto irresponsável, arranjar tempo para uma jogatana quando os seus dois demónios peludos favoritos o permitem.
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