Deveria Elden Ring ter um botão de pausa?

Deveria Elden Ring ter um botão de pausa?

Esta é a nova discussão que está a decorrer na comunidade da From Software, provocada por um vídeo de Alanah Pearce, ex-jornalista de videojogos e actualmente escritora na Sony Santa Monica (o estúdio de God of War).

O foco do vídeo são as opções de acessibilidade (ou falta delas) em Elden Ring, nomeadamente um simples botão de pausa. Alanah Pearce explica que os jogadores com incapacidades não querem um modo fácil, mas antes opções que lhes permitam desfrutar do jogo e da sua dificuldade inerente tendo em conta as suas limitações. O vídeo é interessante e vale a pena ver na integra.

Mas o que realmente está a dar que falar é um excerto, tirado fora do contexto, que se está a espalhar como fogo no X. Nesse excerto, Alanah compara ter um filho a uma incapacidade temporária e refere a necessidade de ter um botão de pausa para que, se surgir a necessidade, prestar atenção ao filho sem comprometer o que está a fazer no jogo.

Se ter um filho pode ser considerado como uma incapacidade temporária é um ponto discutível, mas Alanah tem um ponto válido. Elden Ring pode ser jogado em modo online, onde vês mensagens deixadas por outros jogadores, ou offline. Se estás a jogar offline, por que razão não dá para colocar em pausa? É uma funcionalidade básica que existe desde a Atari 5200 (a primeira consola com um botão de pausa).

Se estamos a meio de um boss e surge, por exemplo, uma chamada importante no telemóvel que temos mesmo de atender, é suposto morrer porque a vida real existe e é mais importante? Se alguém se esqueceu das chaves de casa e toca a campainha, é suposto ficarem à espera porque GIT GUD?

Este tipo de excertos tirados fora do contexto são comuns nas redes sociais e provocam discussões sem sentido, visto que é preciso ver o vídeo inteiro de Alanah para perceber que na verdade não está a pedir que o jogo seja mais fácil, e que claramente é uma adepta dos jogos da From Software.

O próprio título do vídeo é: O DLC de Elden Ring é MUITO DIFÍCIL (não é). Logo no início, a ex-jornalista e escritora de videojogos defende o design da From Software e reitera a necessidade de estar disposto a morrer múltiplas vezes num boss para a aprender o seu conjunto de movimentos e conseguires eventualmente derrotá-lo.