My Hero Academia: És o Próximo (crítica) | Não é perfeito, mas os fãs vão gostar
- por Jorge Loureiro
- 10 de outubro, 2024
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Enquanto os fãs esperam pacientemente pela Temporada 8 de My Hero Academia (Boku No Hero), eis que estreia em Portugal o mais recente filme baseado no anime. My Hero Academia: És o Próximo (You’re Next) é o quarto filme da saga e está disponível desde hoje em várias salas de cinema de Portugal.
Com um guião escrito por Kōhei Horikoshi, o criador da manga, com a ajuda de Yôsuke Kuroda, que também colaborou no anime, o filme entrega uma história com traços familiares para os fãs mas com novas nuances. Confesso que saí do cinema satisfeito, mas não completamente surpreendido.
Cronologicamente, o filme está situado depois da Temporada 6. Vemos o Japão destruído, com o grupo de heróis que conhecemos a tentar levantar a sociedade de novo e a combater vilões diariamente. O que ninguém esperava era que aparecesse outro alegado sucessor do All Might. Como sabemos, é Midorya (Deku) que herdou os poderes do All Might e o escolhido como seu sucessor.
Sobre My Hero Academia: És o Próximo
Estreia: 10 de Outubro
Realizador: Tensai Okamura
Género: Acção / Animação
Duração: 1h50m
Este novo vilão, que inicialmente tenta passar-se por um herói e obrigar toda a gente a gostar dele à força, vem de outro país. Gostei desta particularidade. O anime / manga tem como o foco o Japão, por isso não sabemos o que está a acontecer noutros países e que tipos de poderes existem por lá. No filme, dizem que este vilão e os seus ajudantes vêm da Europa, embora se torne claro que Itália foi a inspiração.
Dark Might, o nome do novo vilão, é o líder da Família Gollini. O filme não diz que são a máfia italiana, mas torna-se mais do que óbvio pelos próprios nomes e várias referências. Portanto, é engraçado ver como seria um grupo mafioso com super poderes. O poder de Dark Might também é interessante, diferente do resto que já vimos. Será que é realmente tão poderoso como o All Might?
O mais curioso é que Dark Might, à primeira vista, é quase um irmão gémeo do All Might. É mesmo parecido! Até os seus ataques são inspirados no lendário super-herói. Mas o filme não é apenas sobre Dark Might e a família Gollini. Uma peça chave do enredo é uma rapariga chamada Anna Scervino, cujo poder ajuda Dark Might e os membros da família a ficarem muito mais poderosos do que o normal.
Obviamente, não quero revelar demasiados detalhes da narrativa para não estragar nenhuma surpresa. No entanto, é uma história com estrutura típica para o universo de My Hero Academia. Um super-vilão poderoso e que se torna numa dor de cabeça. Um super-vilão que está disposto a tudo para alcançar os seus objectivos, nem que isso signifique fazer os outros sofrer.
Uma parte do filme que me desiludiu foi a animação e qualidade visual. Não é que estivesse mal; simplesmente achei que está, na maioria das vezes, ao mesmo nível que os episódios do anime. Para um filme, esperava um pouco mais de capricho e eye candy. A luta final é, sem dúvida, a parte em que o filme entrega mais espetáculo, mas francamente esperava um pouco mais.
Quanto ao resto do filme, as novas personagens são boas adições. Dark Might é um bom vilão, ainda que ultimamente faça algumas escolhas estúpidas (apesar de ser poderoso, isso não significa propriamente que seja perspicaz). Também gostei que a luz dos holofotes não estão inteiramente em Deku. Shoto e Bakugan têm imensas cenas onde mostram quão poderosos se tornaram.
Veredicto
Portanto, vale a pena assistir a My Hero Academia: És o Próximo? Eu acho que sim. É um filme equilibrado, agradável e com todos os ingredientes para agradar aos fãs da manga / anime. Os menos positivos são a animação e qualidade visual, que para um filme deveriam impressionar mais, e algumas nuances da narrativa que podem dar déjà-vu comparativamente a coisas que viste nos episódios. Dito isto, o filme também tem coisas novas.
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Jorge Loureiro
O Jorge acompanha ferverosamente a indústria dos videojogos há mais de 14 anos. Odeia que lhe perguntem qual é o seu jogo favorito, porque tem vários e não consegue escolher. Quando não está a jogar ou a escrever sobre videojogos, está provavelmente no ginásio a treinar o seu corpo para ficar mais forte do que o Son Goku.
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